UMA TRISTE VERDADE OU UMA ALEGRE MENTIRA?
Por Equipe - Santo André
02/03/2007 - Atualizado há 5 dias
O QUE VOCÊ PREFERE?
UMA TRISTE VERDADE OU UMA ALEGRE MENTIRA
Nestes sessenta e quatro meses após a concordata e falência da Fazendas Reunidas Boi Gordo S/A, temos diuturnamente atendido aos nossos associados, quer seja pessoalmente em três escritórios: Santo André, São Paulo e São Bernardo do Campo, quer seja por telefone e e-mail, ou on-line pelo site.
Jamais deixamos de respondê-los, e se houve algum contratempo sempre estivemos e estaremos de plantão para solucioná-lo.
Nossa política de comunicação, desde o primeiro momento, foi a da transparência e fidelidade aos fatos, ao informar nossos associados, mais de cinco mil no Brasil e no exterior.
Temos sido fiéis a nossa missão, qual seja, agilizar e otimizar o recebimento por parte dos nossos associados, do dinheiro que lhes foi subtraído.
Contra o que e contra quem lutamos?
Lutamos, a princípio, contra a máquina do Judiciário que está muito longe de atender as mínimas demandas do público, que dela pretende dispor e para isto paga seus impostos.
Dentro desta tragédia judiciária, o processo foi distribuído em São Paulo para a mais antiga e atolada Vara do Fórum Central: a Primeira Vara Cível.
Não obstante o empenho de seus valentes funcionários que tropeçam em mais de dez mil processos, as dificuldades são imensas, e para muitos intransponíveis.
O que fez a ALBG diante deste caos?
Desenvolvemos um lobby poderoso diante da Ouvidoria do Tribunal de Justiça de S.Paulo, através do envio de centenas de e-mails denunciando a paralisação do processo.
Como resposta, o Tribunal reconhecendo nossa demanda, nomeou de forma inusitada um Juiz para cuidar exclusivamente do processo.
Isto fez a diferença, pois o Dr. Paulo Furtado de Oliveira Filho, numa atitude competente e ousada, digna de um Juiz que conhece o Direito e o Judiciário, em um único despacho saneou o feito e determinou medidas que abreviaram o processo em anos, dentre as quais estas que foram sugeridas pela ALBG em conjunto com outros grupos:
· Uma planilha eletrônica de consenso para correção dos créditos
· A estipulação de juros de 12% ao ano como correção para estes créditos.
· A estipulação da data da falência e não da concordata como termo para os contratos, o que dobrou o valor dos créditos.
· A desconsideração do desconto de 10% pedido pela falida a título de pagamento de taxa agro pastoril
· A faculdade de oferecer todas estas planilhas em mídia eletrônica (CD), para facilitar e abreviar em anos o trabalho dos peritos contadores.
· Encaminhamos funcionários da ALBG ao Fórum, para ajudar os funcionários do cartório a diante do Juiz, separarem e catalogarem mais de dez mil impugnações.
Como podem ver, não foi pouca coisa, diante da magnitude e complexidade do processo.
No que diz respeito à arrecadação e guarda dos bens, sempre estivemos a postos e atuamos nas seguintes ações:
· Estivemos presentes na retomada do complexo de fazendas em Itapetininga S.Paulo, acompanhando pessoalmente os oficiais de justiça e a polícia que foi necessária para o cumprimento daquele mandado judicial. (fotos no site)
· Requeremos em Juízo a posse e guarda ( e não a propriedade) daquelas fazendas, no momento em que o MOVIVENTO DOS SEM TERRA MST , lá estava acampado nos ameaçando de invasão. (pedido indeferido dois anos depois).
· Apoiamos o Síndico em todas as suas ações para impedir esta invasão, valendo-se do Interdito Proibitório, que resultou em um mandado judicial determinando aos sem terra que não invadissem a propriedade, sob pena de altíssima multa diária.
· Desenvolvemos um lobby de pressão diante do INCRA, em Brasília e S.Paulo, para evitar a desapropriação daquelas fazendas para fins de reforma agrária, sendo que diante disto o INCRA recuou da desapropriação da fazenda Realeza em Itapetininga (jóia da coroa), mas insiste em desapropriar a Eldorado na mesma cidade, ( vamos ter muita luta pela frente).
· Estamos acompanhando de perto e passo a passo o perito contador na elaboração do Quadro Geral de Credores (relação de todos os credores da Boi Gordo, já com seus valores corrigidos).
· Estamos acompanhando o perito avaliador nas avaliações das fazendas apoiando-o na sua reivindicação por suporte financeiro para trabalhar, bem como estudamos a contratação e nomeação de um perito assistente para acompanhar estas avaliações.
Concluindo, temos dito a todos os associados que nos procuram, esta triste verdade.
NÃO ESTAMOS DESENVOLVENDO O PROCESSO NO PRAZO QUE GOSTARÍAMOS, MAS NO PRAZO QUE NOS É POSSÍVEL, POIS NÃO SOMOS SENHORES DO TEMPO QUE
NO JUDICIÁRIO SE CONTA EM MESES E NÃO EM DIAS
No entanto, existem também as ALEGRES VERDADES:
· O quadro geral de credores já está praticamente pronto e irá ser publicado.
· As terras no Mato Grosso (basta ler o jornais) estão tendo enorme valorização em face da nova matriz energética brasileira.
· O valor do passivo (dívidas) poderá ficar muito aquém do que se previa, pois poucos corrigiram os seus créditos
· O síndico, assim que concluído o Quadro Geral de Credores, já poderá vender as fazendas em Itapetininga e algumas em Mato Grosso, para começar a pagar os credores, como a nova Lei de Falências faculta.
CONSELHO DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA