Entenda o caso Boi Gordo
Por Equipe - Santo André
13/06/2025 - Atualizado há 2 semanas

O caso Boi Gordo envolveu mais de 30 mil investidores e causou um prejuízo estimado em R$ 3,9 bilhões.
A empresa prometia rendimentos de até 42% em 18 meses com a engorda de bois, mas operava, na prática, como uma pirâmide financeira.
O que é uma pirâmide financeira?
É um tipo de golpe em que os lucros dos primeiros participantes são pagos com o dinheiro de novos investidores. Ou seja, o negócio não se sustenta com a atividade que promete (neste caso, a criação de bois), mas sim com a entrada constante de novos aportes.
Quando não há mais gente nova entrando, o sistema quebra — e a maioria das pessoas perde o que investiu.
A Boi Gordo foi fundada no final dos anos 90 e começou a vender os chamados Contratos de Investimento Coletivo (CICs) na década de 90.
Com forte apelo publicitário, atraiu milhares de pessoas com a promessa de lucros altos e rápidos.
Em 2001, a empresa não conseguiu mais pagar os investidores, e a falência foi decretada em 2004.
Para indenizar os credores, as propriedades da Boi Gordo foram transferidas para a massa falida e originaram o processo de recuperação.
O processo criminal contra o dono da empresa foi encerrado em 2009, mas ele foi condenado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) com multa de mais de R$ 20 milhões e proibido de atuar como administrador de empresa aberta por 20 anos.