A IMPUNIDADE NÃO É ABSOLUTA COMO PENSAM
Por Equipe - Santo André
21/03/2004 - Atualizado há 6 dias
Por onde andarão os ativos constantes no processo de concordata da BG?
Onde estarão os cem mil bois, avaliados por eles mesmos em setenta milhões de reais; os oitenta milhões de reais em créditos a receber que declaram possuir; as centenas de máquinas, veículos, implementos agrícolas e milhares de itens inventariados na empresa, e mencionados no processo como sendo de posse da concordatária.
Alguns consultores ditos bem informados, simplesmente dizem que ...... sumiram!
E esta mágica macabra digna do senhor dos anéis, é motivo para que centenas de investidores lesados, concordem e conformem-se dizendo:
- Já perdemos tudo mesmo, não adianta lutar, este país não é sério e o judiciário beneficia o ladrão.Vamos esquecer esta grande perda que tivemos e fim.
Senhores! Não é nada assim.
Os ativos da BG estavam sob a guarda de seus controladores, na condição de fiéis depositários e a não apresentação destes bens em juízo quando for solicitado ensejará, dentre outras sanções as seguintes:
· A prisão dos controladores, diretores, agregados e colaboradores.
· A quebra da personalidade jurídica da empresa, associadas e coligadas para poder-se avançar sobre os bens pessoais de todos os controladores, diretores e agregados que forem alcançados, com o conseqüente bloqueio destes bens.
· Anulação da alienação de bens em período anterior há dois anos precedentes a concordata.
· A quebra do sigilo fiscal, bancário, telefônico e eletrônico de todos eles.
· O confisco de seus passaportes para que não deixem o Brasil, entre outras sanções.
Aí dirão:
Mas estes bens já estão em nome de laranjas, no Brasil e principalmente no exterior.
Episódios recentes, noticiados pela imprensa, que envolveram o nome de pessoas poderosas, como do Juiz Nicolau, do Juiz Rocha Mattos, do delegado Bellini, do sr Paulo Maluf, do empresário Sérgio Naya, mostra que este país começa a mudar e que a impunidade não é regra geral, e que não há mais no mundo lugar seguro para dinheiro roubado.
O Ministério Público do Estado de São Paulo, assim como o Federal, tem dado mostras de que não estão dispostos a contemporizar com quem lesa o patrimônio público ou privado, principalmente quando se trata de um caso, como o da BG, que envolve clamor público em face do excepcional número de lesados.
Por isso, vai aí o nosso recado aos descrentes!
Não se precipitem ao contabilizar os ativos da BG como perda total, pois teremos como recuperá-los, vez que não se esconde uma boiada debaixo da cama.
Agora se quiserem acreditar nas viúvas da boi gordo que dizem que nada sobrará, nossos associados agradecem pois sobrará mais para repartir com menos.
Conselho de Orientação Estratégica