UNIÃO NUNCA SE FEZ POR DECRETO
Notícia publicada em 19/03/2004
Por Equipe
14 de março de 2004.
Ética é um princípio sem fim e poucos sabem disto.
Existem aqueles que do alto de sua arrogância e prepotência, pequena visão de relações humanas, ou ignorância de psicologia de massas, acreditam na hipótese de unir-se por decreto, estatuto ou qualquer outro papel, um grupo tão heterogêneo como as torcidas de futebol nacionais criando, por estatuto, por exemplo a UNATT - União Nacional da Torcidas e Torcedores em Prol da Torcida do Juventus, talvez.
No caso Boi Gordo, um grupo, orientado por esta visão imperial constitui por decreto uma: união nacional de associações e associados em prol do projeto global Brasil e credores da Fazendas Reunidas Boi Gordo s.a.
Quem são estes senhores tão criativos?
Quando a Boi Gordo estava em estado terminal, ameaçada de bloqueio pela CVM, seu grande mestre e gênio do mal, Paulo Roberto de Andrade, recebeu de sua assessoria uma proposta maquiavélica e mortal para os credores.
Criariam em São Paulo, dentro da prórpia Boi Gordo, a GLOBAL NEGÓCIOS AGROPECUÁRIOS S.A, que serviria para trocar CICS por ações desta empresa que sequer registro na CVM tinha; o negócio não vingou.
Criariam então, longe de S.Paulo, mais precisamente em Curitiba no Paraná, a GLOBAL SUL PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS SA, empresa aparentemente sem vínculos com a Boi Gordo, que iria atuar como sucessora da BG, trocando CICS por papéis de sua emissão e sem qualquer lastro.
Este projeto foi bloqueado pela CVM, como é de conhecimento público, pois não poderiam fazer distribuição de títulos sem autorização da CVM e abertura de capital.
Em função deste bloqueio o projeto mudou-se para S.Paulo, mais precisamente para a Alameda Santos, onde funcionou a Colonizadora Boi Gordo, usando o endereço, todas as instalações, computadores e móveis de propriedade da Boi Gordo, passando a chamar-se agora GLOBAL BRASIL S.A., empresa de capital aberto, que pretendia resgatar CICS no mercado, em troca de suas ações. Os CICS seriam posteriormente trocados por ativos da Boi Gordo, desde que Paulo Roberto de Andrade concordasse.
Não só a CVM não concordou com o projeto, determinando sua paralisação, como o gênio do mal, Paulo Roberto de Andrade, cansou-se de esperar e vendeu o controle acionário da Boi Gordo, para os Speraficos e Golins, inviabilizando totalmente o projeto Global.
Incansáveis, estes senhores criaram a UNAA, agora uma associação nacional de associações e associados em prol do projeto globalbrasil e credores da Fazendas reunidas Boi Gordo S.A.
Conclusão: a atual unaa tem origem dentro da própria Boi Gordo, há mais de dois anos atrás, e nomes de seus agora atores mostram a existência destes vínculos.
Se não bastasse esta origem espúrea, este grupo não satisfeito, agora defende abertamente a decretação de uma falência, para que possam indicar um síndico para a massa falida como eles mesmos revelaram.
Atribuem-se o fato de serem os maiores credores na praça de S.Paulo, por onde corre a concordata, e que por isso a Lei de Falências os beneficiaria nesta escolha.
Perguntamos: Como atribuir-se a condição de maiores credores na praça, se nada pagaram aos titulares dos CICs que dizem ser milhares e estarem custodiados por um banco?
Só serão titulares destes CICS quando pagarem por eles, e isto esá cada vez mais distante, principalmente porque Paulo Roberto, o gênio do mal, rompeu o acordo que tinha com eles, e os novos controladores não querem conversa.
Até aqui tudo bem. Mas daí para nos atacar porque lutamos e defendemos um não a falência, oferecendo ao Juízo a via de intervenção branca na BG. tem uma distância muito grande. Mostra o real interesse destes senhores.
Apoderarem-se da Boi Gordo por qualquer modo ou maneira, sem observar a mínima ética ou o desespero de milhares de famílias lesadas.
No mais, toda a discussão acadêmica de Direito ou de prognósticos sobre o valor dos ativos torna-se menor, vez que uma intervenção branca como pleiteamos, escancarará a verdade dos fatos, e revelará aos credores quem são os gênios do mal, que acobertam o gênio- mor Paulo Roberto de Andrade.
Concluindo, como um grupo como este pretende liderar uma confederação de associações e associados em prol deles mesmo, atacando a maior delas, a mais ativa e organizada associação nacional que é a ALBG?
Não teêm condição ética ou moral para fazê-lo, e se tivessem, esta com certeza não seria a forma de unir 30.000 credores.
Hoje somos de longe a maior associação nacional, em número e valores, com associados em quatro continentes, sendo que já temos conosco outros vinte grupos e associações nacionais, que não pretendem unir-se a UNAA pelos motivos aqui expressos.
CONSELHO DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA